quinta-feira, 4 de novembro de 2010

COMER REZAR AMAR

Ontem, depois de dar um pulo na faculdade, me dei o prazer de ir ao cinema. Há algum tempo eu queria fazer um programa sozinho, no qual eu pudesse pensar um pouco na vida e no meu momento. Já tinha ouvido falar bem do filme, o qual ao ver o cartaz pela primeira vez não havia me despertado nenhum interesse. Então, fui eu assistir Comer rezar amar. O filme é lindo recomendo a todos, a fotografia é maravilhosa e o enredo, verídico, é fantástico. Outra coisa que me deixou feliz: a trilha sonora, composta por músicas bem selecionadas, entre elas músicas brasileiras, o que não é comum em produções americanas. Uma das letras dizia “É impossível ser feliz sozinho”. E eu por ironia do destino estava lá no cinema sozinho. O filme conta a história de uma escritora que após um casamento infeliz, resolve deixar tudo e seguir em busca de seu caminho, sua paz, seu equilíbrio. Viaja para Itália e para Bali, na Índia, nessas viagens ela tem um encontro consigo mesma. O amor é um dos temas mais abordados no filme. A frase de um guru na Índia me fez sair do cinema refletindo “Perder o equilíbrio pelo amor, faz parte de uma vida equilibrada.” Eu tenho, durante toda a minha vida, buscado o equilíbrio, diante de tantas situações, tenho tentado e conseguido me manter de pé. Os encontros e desencontros das paixões, sejam elas da minha parte ou de outras, têm me feito perder o equilíbrio, pelo menos por alguns momentos e sempre cri como vi no filme - vai passar. É, tem passado. A vida é isto: um aprendizado constante. Nunca paramos de aprender, seja com nossas experiências ou com as dos outros. O equilíbrio, Deus e o amor estão dentro de nós e só nesse lugar podemos encontrá-los. Para completar a experiência dessa noite, ao sair do cinema encontrei no ponto do ônibus alguém que há alguns anos me relacionei, ou seja, ficamos algumas vezes, não lembro os motivos de eu, na época, não querer um namoro, talvez, a insegurança de não saber o que eu queria de fato pra minha vida. Estava ali naquele ponto de ônibus, alguém que após seis meses, sem contato, me ligou dizendo que não conseguia me esquecer, que de fato sentia paixão por mim. E eu não soube o que fazer com todo aquele carinho. Por mais que eu tenha sentido enorme vontade de falar, não consegui, fiquei minutos naquele ponto querendo fazer contato, até que vieram nossos ônibus e nos separou mais uma vez. Isso me fez refletir sobre todas as pessoas que já me quiseram um dia. Já fui amado, querido e desejado por muitos, não posso reclamar da solidão, talvez eu a tenha desejado e optado por ela, mesmo que inconscientemente. Tomara que eu não precise viajar pelo mundo para encontrar meu equilíbrio, minha paz, meu amor e a minha palavra, como fez Elizabeth Gilbert.


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