segunda-feira, 23 de maio de 2011

Carmem, uma biografia

    

     Hoje finalmente acabei de ler Carmem. Depois de ter parado por várias vezes e por diversos motivos, desde 2009, quando ganhei de presente, consegui enfim terminar sua leitura. Recomendo essa biografia sobre a maior cantora “brasileira” de todos os tempos escrita por Ruy Castro.
     Durante essa viagem literária que vai desde o nascimento, em Várzea de Ovelha, em Portugal, a queda letal em Los Angeles, EUA.
     Nas inúmeras histórias, muitas dessas hilárias, narradas nas 550 páginas; nada me deixou mais emocionado do que a narração de sua participação no programa de TV Jimmy Durante, seu último compromisso profissional. O qual Ruy Castro descreve da seguinte forma:
   “Carmem, cansada, mas contente, aparece saindo de costas por uma porta, dançando com o Bando da Lua, jogando beijos e despedindo-se de Jimmy, do público e da vida.”
     A vida particular de Carmem me fez refletir sobre a felicidade que, não está ligada a fama, dinheiro ou a bens materiais. Pois, tudo isso esta possuía. Mas, havia algo no seu interior que fazia falta e para superar essa ausência vivia dopada por soníferos e estimulantes, ou até mesmo bebidas, como se só vivesse para os palcos, onde as luzes e o glamour da estrela Carmem Miranda, a fizesse fugir da vida real e infeliz de Maria do Carmo, numa dualidade emocionante. Mas, afinal, ninguém tem tudo né?



quarta-feira, 18 de maio de 2011

Bem vindo ao mundo real

      Chega um momento na vida que realmente conseguimos entender os seus significados. Aquele instante em que percebemos que os nossos sonhos são criados e nutridos em nossa mente, e por mais que você faça o “impossível” nem sempre eles se tornam externos, porque nem tudo depende só de você.      Quando menos esperamos percebemos que os príncipes encantados e princesas, perfeitos e desejados, só existem em contos de fadas nos quais todos são felizes para sempre e o único personagem real em nossa história são os sapos, que precisamos beijar ou engolir.
       Às vezes nos pegamos pensando o quanto alguns têm todas as oportunidades do mundo e outros por mais que as busque são frustrados pelas circunstâncias. Isso é a vida externa, diferente do nosso casulo emocional. E o que define essa descoberta não é quantidade de primaveras realizadas, mas aquele momento de encontro com a verdade, quando você percebe que a vida não é como você planejou e que todos aqueles desejos alimentados ao longo do tempo nem sempre se tornam reais.
       Nesses momentos de reflexão começamos a valorizar as coisas que até então passava despercebida, as quais parecia não ter tanto valor e que hoje são necessárias a nossa subsistência, seja um sorriso de uma criança na rua ou apenas uma mensagem de um amigo dizendo: Estou torcendo por você ou que está com saudades.
       Há momentos que o coração parece está esmagado, que as coisas parecerem não andar em nossa direção, nos quais qualquer coisa nos faz chorar. Isso mesmo chorar! Apesar de parecermos muitas das vezes sermos de ferro, no fundo somos criaturas frágeis. É nesse período que percebemos que os amigos de verdade não são aqueles que alardeiam com um “eu te amo” ou “pode contar comigo”, mas nem se quer pode usar um minuto de suas agendas atribuladas pra saber se o outro está bem, mas aqueles que de fato estão do seu lado, mesmo estando a kilometros de distância.
       É nesse encontro entre a racionalidade e a emoção que deixamos de pensar como aquela criança inocente que fomos a vida toda, daí somos impactados pela nossa realidade, então você percebe que aqueles castelos criados em nossos desejos são feitos de areia e que, em algum momento podem ser desfeitos pelo vento. O que tiramos disso tudo são duas coisas: o aprendizado, pois, só as experiências moldam o homem, e o desafio de se tornar racional sem perder a sensibilidade.

domingo, 15 de maio de 2011

Reflexão...

“O que tem de ser tem muita força. Ninguém precisa se assustar com a distância, os afastamentos acontecem. Tudo volta! E voltam mais bonitas, mais maduras, voltam quando tem de voltar, voltam quando é pra ser. Acontece que, entre o “ainda não é hora” e “nossa hora chegou”, muita gente se perde. Não se perca viu!”
                                                                                                                                    Caio Fernando Abreu.

As palavras do Caio, fazem juz ao meu momento. Não vou me perder, vou aguardar o "nossa hora chegou".